Querido D., Há muito que não te escrevo é bem verdade.. Sei que notaste esta minha ausência e que isso te inquietou.. Talvez estejas a ficar mal habituado, ou como tu gostas de dizer, "bem habituado".. Mas a verdade é que até tens alguma razão.. Já não te escrevo há algum tempo.. Demasiado tempo? Não.. Eu sei que não te importas de esperar. E sei que sabes que a razão pela qual não tenho escrito para ti é por passar todos os segundos do meu dia a amar-te, incondicionalmente, como o amor deve ser.. Na verdade, também não sei ao certo o que dizer.. Sei que estou feliz.. Sei que quero estar contigo.. Sei que me fazes bem.. Sei que já te disse muito do que sei.. Passou já mais de um mês desde aquela segunda-feira e parece que passou tão pouco tempo! Como é possivel o tempo passar tão depressa quando estamos juntos? Como pode o mundo parar e os ponteiros continuarem a mover-se..? a encurtar o tempo que temos para falar sobre nós, sobre aquilo que fez de nós quem somos, sobre o
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Querido D., Estive muito tempo a pensar se te deveria escrever ou não.. apaguei e escrevi tantas vezes.. e apesar de estar a escrever, novamente, ainda não estou certa de que fazê-lo é o mais correcto.. mas talvez seja aquilo de que preciso neste momento. Talvez depois me sinta melhor, como tantas vezes antes aconteceu.. Hoje não foi o dia que eu esperava que fosse.. E, apesar de estar magoada sinto que devo ser eu a pedir-te desculpa.. desculpa por ser tão fraca.. desculpa por ter ficado triste.. desculpa por te ter afastado.. desculpa por não termos conseguido matar saudades como deve de ser.. Sei que não fizeste por mal e que não pensas-te que me pudesse afectar.. talvez a culpa seja minha por perder as forças tão facilmente.. talvez seja apenas uma má altura.. talvez sejam demasiadas coisas ao mesmo tempo.. demasiada gente a virar-me as costas, a estar contra mim sem compreender o porquê.. talvez.. talvez.. talvez.. na realidade não sei.. nao sei o que fazer.. nao sei o que esc
Querido D., Eu disse que te iria escrever.. não posso dizer-te exactamente quando o farei nem porquê mas continuarei a escrever.. Não só a escrever simples palavras sobre temas aleatórios, mas a escrever para ti! Só para ti! Poderia até escrever sobre a coisa mais banal que me lembrasse e ainda assim sentir-me tão bem simplesmente por saber que és tu o destinatário.. Porque nada mais importa.. só tu e eu.. E sem ti não saberia o que escrever nem para quem escrever.. Incrível como te tornas-te tão importante em tão pouco tempo... Hoje estou a escrever-te porque levantas-te uma questão à qual não respondi. No entanto não queria deixar essa questão no ar sem lhe dar uma resposta. Apenas achei que não seria capaz de me explicar do modo que queria.. pelo menos não naquelas circunstâncias. As palavras tendem a fugir de mim, a atraiçoarem-me, abandonando-me quando mais preciso. Não consigo formar as sílabas necessárias para falar como quero, dizer o que quero quando quero. Adquiro ainda uma