Querido D.,

Eu disse que te iria escrever.. não posso dizer-te exactamente quando o farei nem porquê mas continuarei a escrever.. Não só a escrever simples palavras sobre temas aleatórios, mas a escrever para ti! Só para ti! Poderia até escrever sobre a coisa mais banal que me lembrasse e ainda assim sentir-me tão bem simplesmente por saber que és tu o destinatário.. Porque nada mais importa.. só tu e eu.. E sem ti não saberia o que escrever nem para quem escrever..
Incrível como te tornas-te tão importante em tão pouco tempo...
Hoje estou a escrever-te porque levantas-te uma questão à qual não respondi. No entanto não queria deixar essa questão no ar sem lhe dar uma resposta. Apenas achei que não seria capaz de me explicar do modo que queria.. pelo menos não naquelas circunstâncias. As palavras tendem a fugir de mim, a atraiçoarem-me, abandonando-me quando mais preciso. Não consigo formar as sílabas necessárias para falar como quero, dizer o que quero quando quero. Adquiro ainda uma incapacidade que não compreendo.. a incapacidade de ordenar as minhas ideias, procurando as palavras que mais se adequam a cada momento. Incapacidade essa talvez causada pela minha timidez disfarçada mas presente, timidez essa que muda o tom da minha voz para um tom que eu própria desconheço, um tom que me soa a falso quando me esforço para ultrapassar essa barreira.. uma das muitas barreiras que se impõem no caminho das minhas pobres palavras. Talvez corra o risco de parecer fria por vezes.. mas o que sinto é tão grande que mesmo que como por milagre conseguisse ultrapassar esses obstáculos nunca conseguiria encontrar palavras que fossem suficientemente boas para o descrever. 
Quando pensei na resposta que deveria dar a essa pergunta tão inesperada e complexa apenas me conseguia lembrar de uma outra pergunta: "Como poderia não ter a certeza?". Não consigo lembrar-me se alguma vez me senti como tu me fazes sentir todos os dias, feliz, realmente feliz. Dás sinceridade a cada sorriso meu, cada gargalhada é sentida e não fingida. Sinto-me livre para ser eu, com todas as minhas peculiaridades e pequenas características que fazem de mim quem sou, desde as tontices, os longos minutos a rir sem motivo, às unhas que.. bem.. tu sabes. Apetece-me correr e saltar quando estou contigo! Apetece-me ser criança outra vez e fazer o que me apetece. Apetece-me VIVER! Contigo aprendi a ser eu. Contigo aprendi que não devo acreditar no que os outros dizem que somos, devemos apenas ser. Contigo aprendi que as nuvens têm nomes :p Fazes-me querer ser mais e melhor.. saber mais e viver mais. Fazes-me sentir segura e confiante.  Ouves-me. Dás-me toda a atenção que preciso e até mesmo aquela que não sabia que precisava. Para além de tudo o que és, és também o meu melhor amigo.. Contigo posso falar durante horas sem me aperceber do tempo a passar. Adoro a tua sinceridade, a confiança que depositas em mim, adoro conhecer-te aos poucos, adoro a tua forma de ver as coisas, adoro todas as conversas que temos, adoro tudo o que temos em comum, adoro a maneira como falas, como me olhas, como me abraças, me beijas, adoro sentir o bater do teu coração, adoro que te preocupes não só comigo mas também com os meus amigos, adoro as tuas expressões, adoro a tua maneira de falar que te torna ainda mais único e especial, adoro o respeito que tens para comigo e para com os outros, adoro que defendas aquilo em que acreditas e o respeito que tens a certas coisas, como a praxe, o traje, a tradição académica etc.. adoro tantas coisas em ti! Adoro  cada pequeno detalhe que faz de ti quem és! 
Tenho a certeza?
Sim, tenho!
Porque?
Nunca terei palavras para explicar o porquê.. mas sei o que sinto
Poderia dizer que a minha única certeza és tu!

Com amor,
A.

Comentários

  1. e as palavras faltam-me... porque palavras não fazem sentido! quero um abraço teu =)

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue